quinta-feira, dezembro 25, 2008

Ele se foi.

Na tarde de domingo depois do café da manhã parecia que o tom da voz o poro e toda cor mudava..
E assim foram durante os dias, mudanças ocorrendo pouco a pouco, dando adeus a alguém como se não fosse parte.
As janelas abriam e batiam pela manha os raios do despertar tudo anunciava o novo, menos meus olhos abrilhantem sobre tal novidade. Só viam a velha cera vermelha do corredor e as trincas do banheiro azul e rosa.
Não gostava das tarde de Domingo elas me davam tédio e isso me abrigava muitas correntes. Ele se mudava dali partia em espírito e eu não me dei conta, estava presa em correntes naquela casa, com aquele jeito de ser mulher, de cozinha mulher de marido, mulher da vida.
E ele se foi bem debaixo da tarde de Domingo se foi e não voltou, não foi para a terra voltou para o ar ou voltou para lá, voltou para fechar a janelas.
E eu ainda o espero como naquela tarde, sobre flores.

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