terça-feira, janeiro 05, 2010

Bonequinha

A boneca da pano sai da caixa
Andando com todo cuidado
Para não acordar a menina
Essa boneca é mesmo
Uma graça
Se pinta de menina
Mas, é bonequinha
Se pinta de mulher
Mas, é bonequinha
Faz ponta em salto alto
Mas, é bonequinha
E finge que ama
E não ama nada
Essa bonequinha é mesmo
Uma zombeteira
Ama tanto
Que não sabe nem o que ama
E de tanto que ama
Ama ele
Aquele, menino boneco
Mas ela esquece logo dele
Isso eu tenho certeza.
Pois amor de boneca
É um amor de vento.
Ela fica mandando beijinhos escondido
Para o vizinho
Ah essa bonequinha!

Sinceridade

Sei que sou sincera demais
Abusada demais
Falo demais
Canto danço
Sou tudo demais
O controle as vezes me foge ao alcance
A reflexão a critica me acompanhar dormem comigo todas as noites
Sou de marte
Tenho sangue nas veias
Vermelho rubro
E não me leve a mal por ser tão mal criada
Bonecas de pano
As vezes pensam
Não são somente feitas para ficar em prateleiras!
Músicas que me embalam são as serestas da noite
Espero não ser
Espero não fazer
Mal de ar te
Somente quero brincar
E fechar os olhos e me embalar
Não grito não finjo...
Sempre eu Sincera demais
Abusada demais
Amá-lo-ei
Confusões e profusões de sensações ao monte!

Quero um amor

Mas não é um amor qualquer
É um amor
Que me leve
Que construa
Que neva
Que seja livre
Que cresça
Que seja
Belo
Bonito
Que liberte
Que ajude
Que construa
Que entenda
Que compreenda
Que seja
Natural
Sobrenatural
Que ame
Que seja
Que veja
Que singular
Se torne plural
Bonitos sejam
Que leves sejam
Que livres sejam
Que cresçam
Que amadureçam
Que construam
Que compreendam
Que amem
Em tudo
E em nada também...

Soneto do Castelo

Se oferecer –me um castelo
Poderei ser feliz ao sol
Se deste me seus olhos
Verei a luz de um novo
Desse seu mundo
Quero estar sempre
Desde novo olho
Que se escandi
Toda essa luz
Castelo a formar
Casas a morar
Gente a se casar
Parece-me bom soneto
Para começar sempre
Verei a luz ti
Te verei casarei

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Vai passar
Essa ânsia
angustia
mal no peito
ansiedade
do ter
vai passar
lagrima
vai passar
as memorias
os risos
as dores
vai passar
pagina virada
para terminar
um sorrir
e achar graça disso
pois tudo acaba.
Ele vai voltar
Por aquela porta que saiu
Ele vai voltar
Como um estranho
Ele vai voltar
Sem data certa
sem limite certo
Ele volta
Pois a morada
É aqui!
Ele volta.
Assim espero.
Todos os dias.
Ritualistica

Ele sempre
abre um compasso
e esquece o mundo

Ele sempre
esquece chaves
para portas certas

Ele sempre deixa
a torneira
a pingar lagrimas

Ele sempre
espera
a vida acontecer

O fim chegou

Assim como uma tarde em que o céu descasca o horizonte talvez um dia uma manhã o amor também chegue a seu fim, sem dramas e ressentimentos ele talvez seja necessário, ou não? O tempo é algo que responde a várias perguntas e que faz enumeras controvérsias talvez seja ele um remédio como dizem alguns teóricos ou seja um veneno que corre nas veias. Quando mais o tempo passa mais nos desligamos das coisas que realmente nos importa.
Mas, o fim chegou e comeu toda a superfície dos dias de sol todo o encanto do verão este verão parecia que nunca teria fim. Mas na praia diante a imensidão do mar os pensamentos se aprumam talvez devolvam a sanidade e as coisas voltam tal como são.
Com dor ou sem dor o fim chegou. A página virou e os projetos arquivados como se nunca tivessem sido falados ou construídos destino interessante aqueles que construímos sozinhos.
Amor
Sentimento nascido de um parto sem dor;
daqueles que não se sabe o fruto ao certo;
só vemos as flores e os perfumes inebriantes;
deve ter parto para partir;
deve ter semente que se abre;
e flor que se acaba;
e o fundo de perfume;
não é tão maravilhoso assim.