sábado, janeiro 17, 2009

Gaza

"E o sangue ainda escorre, tinge uma terra que é alimentada por ele, inocente sangue. Ouço batimentos de metal contra a pele. E eles me ecoam como 10 mil balas, morrer só se morre uma vez, viver a guerra é morrer por cada bala, e cada sangue que escorre é um pouco seu sangue, e cada filho que parte o meu choro é de uma mãe que não tem mais lágrima. Existe o medo no ar, a televisão mostra fragmentos e eu vejo o todo. Metal contra pele a todo momento, por uma causa sem argumento, Judeos e Palestinos.
Por Deusonde isto ira parar?"
Triste dia hoje, onde eu conto os mortos. jhu
Adalberto Monteiro, poeta e jornalista, é presidente da Fundação Maurício Grabois, escreveu um poema sobre gaza que me tocou bastante, por falar em criança. Espero que reflitam sobre a situação.
Corre sangue no rio Jordão
E os sacrificados não são ovelhas,
Mas meninos e meninas
Que agora nos tanques
Já não poderão atirar pedras...
Já não há gaze para tantos
Feridos em Gaza.
Atacada por mar,
ar e terra,
Gaza sangra,
Gaza geme,
Cercada, mutilada,
Gaza freme.
Gaza não é monte de argamassa,
Gaza é gente...
Mas, Gaza respira,
Gaza ama e resiste,
E lutará,
Até a última oliveira,
Até a última tamareira,
Até o último menino...

Ó povo judeu,
Que terrível crime comete
Vosso Estado!
A que estado caíste!
Vós, vítima dos guetos,
Vós, vítima do holocausto,
Vossos líderesTornaram-se de Hitler
Aprendizes.
Alguns já causam inveja ao mestre.
Ó povo judeu,
Liberta-te, pela memória
Dos teus,
Da vergonha de tua estrela
Adquirir a aparência
E a essência da suástica!
Como querer de um povo condenado ao gueto,
De um povo pelo inimigo dividido,
Reagir com a polidez dos diplomatas?
Ah!, amado povo palestino,
Por Arafat, por teus mártires,
Reconstrói tua unidade!
Que a bravura de Gaza,
Não nos acomode à poltrona,
Que a carnificina que a TV não mostra
Não seja apenas um filme que nos arranca lágrimas...
Olha para ti!
Acaso não és um romano
Sentando na torpe arquibancada
Vendo na arena
Os cristãos lutando contra os leões?
Faça alguma coisa por Gaza,
Mande uma carta ao teu político,
Meta a mão no bolso,
Sacuda os ombros de teu amigo,
Vá à tua janela e dê um grito,
Vá ao templo, corra à praça,
Mande um imeio, ou use outro meio,
Só não vale cruzar os braços
Ante essa matança, essa desgraça...
Ps: Não é hora de poetizar, preciso demonstrar indignação pois esta é minha lei contra a barbárie que se instala. Não posso ser poeta, reacionária sim!

2 comentários:

נחמיה יצחק disse...

Gaza

Não vou tecer criticas ao poema em si. Ha claro valor literario, a verve sentimental expresa em palavras que conclamam a atençao "ó judeus". Mas nesta pequena conclamaçao o erro:a generalização. 'Judeus da guerra'?Então existem os 'judeus da paz'.Ou como judeu, diria que não existe esta separação:são judeus e que agem ,pensam como qualquer agrupamento humano. Em comum antepassados perseguidos em pogrons, inquisiçao, holocausto, etc , mas que hoje em Eretz tambem se manifestam contra a incursão efetuada em Gaza. Isto pocuo repercute infelizmente.

AS insinuações de Sionismo= Nazismo servem para criar a pecha:do judeu agora algoz e não perseguido, e claro, questionar a criação do Estado de Israel.Fatores historicos que se questionados devem ser levados a questionar a fundação de todo Estado Naçao moderno, a Europa inclusive...

Fala-se de Gaza, claro, um desastre em todo sentido.Mas se Israel desejasse um genocidio, o teria feito em 1971 quando seria oportuno, em questoes de conflito e guerra contra exercitos arabes.ao contrario, a matança ocorreu em seguida na Jordania, quando o Rei ,desde Aman sufocou com força rebeldes e populaçoes arabe palestinas, no chamado 'Setembro Negro'

נחמיה יצחק disse...

http://vidasmarranas.blogspot.com/2009/01/ainda-sobre-o-hamasto-gaza-e-ao-do.html

Tem um artigo neste endereço.A quem desejar le-lo...